É um processo ativo no qual os sujeitos estabelecem os objetivos que orientam a sua aprendizagem tentando monitorizar, regular e controlar as suas cognições, motivação e comportamentos com o intuito de os alcançar (Rosário, 2004, p. 37).
Crianças que se autorregulam, desenvolvem mais sucesso na escola e estabelecem
relações interpessoais mais saudáveis.
• O contexto escolar deve, assim, representar a “possibilidade de se ter um espaço
de crescimento intelectual e cognitivo, mas também de um crescimento emocional”,
isto porque “aprende melhor quem está bem afetivamente, na relação consigo
próprio e com os outros” (Strecht, 2005).
A aprendizagem é influenciada diretamente pelo estado emocional do aluno
(empenho e motivação).
Existem 3 fases para a autorregulação da aprendizagem:
Fase da Planificação:
• Significa pensar naquilo que queremos fazer e preparar um plano para sabermos
quando e como o faremos.
• As crianças analisam a tarefa específica de aprendizagem, avaliando os seus recursos pessoais e ambientais, e pensam num plano que os conduza do projetado ao realizado
PENSAR ANTES (pensar no que fazer, quando fazer e como fazer)
Fase da execução:
• Refere-se à etapa de colocar o plano estabelecido em prática.
• Implementação de um conjunto organizado de estratégias de aprendizagem ao serviço das tarefas.
• Controlo e monitorização da sua eficácia tendo em vista as metas propostas.
PENSAR DURANTE (monitorizar)
Fase da avaliação:
• Consiste em julgar se as tarefas de aprendizagem estão a acontecer como o previsto,
analisando a relação entre o produto e as metas estabelecidas, equacionando os porquês.
• Os resultados desta fase de avaliação alimentam a planificação de novas tarefas reiniciando assim o ciclo autorregulatório.
PENSAR DEPOIS (determinar em que medida os objetivos do plano foram ou não cumpridos)
ESTRATÉGIAS DE AUTORREGULAÇÃO DA APRENDIZAGEM
Dar feedback, oral e/ou escrito
Os/as alunos/as que recebem um feedback positivo, centrado no progresso de uma determinada tarefa, contribui para que haja um aumento do sentimento de autoeficácia.
Quando os alunos acreditam que são capazes de realizar uma tarefa específica, demonstram níveis superiores de empenho cognitivo, um maior interesse e valorização dessa tarefa e, consequentemente, uma maior motivação e uma aprendizagem autorregulada mais eficaz.
Incentive a criança a falar sobre as suas próprias emoções.
• É importante ensinar à criança que as emoções existem, podem e devem ser vividas,
mas também podem ser reguladas.
• Nomeie a emoção e encoraje a criança a verbalizar a sua experiência.
EVITE: “Não estejas triste”; “Não devias ficar zangada por causa disso”.
APOSTE: “Estás triste porque perdeste o jogo, podes contar-me como te sentes?”;
“Estás a sentir muita raiva neste momento, falamos quanto te acalmares”.
Elogie os esforços da criança para regular as emoções
• Elogiar comportamentos que envolvam o autocontrolo e a persistência em tarefas
difíceis, a expressão adequada de emoções (sejam positivas ou negativas) e o controlo das explosões emocionais em situações de frustração.
”As suas emoções tornam-no humano. Mesmo as desagradáveis têm um propósito. Não as bloqueie. Se as ignorar, elas só ficam mais barulhentas e furiosas”.
// Artigo escrito por Joana Oliveira (Psicóloga)
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